"Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos." Is. 6.5
Na minha adolescência, anos 80, meus horizontes eram restritos ao meu bairro na capital Mineira, e poucas cidades fora de Minas. Eu era muito tímida, ingênua e me considerava uma pessoa boa. Caminhava durante as manhãs para a escola, orando. Tinha uma intimidade com o Senhor a ponto de me sentir filha única. Me sentia muito amada por Ele.
Na minha juventude, anos 90, já casada, cuidava das coisas do marido, lar, filhos, faculdade, trabalho.Minha vida de oração não era a mesma.
Na fase adulta, com meus horizontes mais amplos, me tornei mais segura após passar por lutas, questionamentos, decepções, escassez, desertos e ser testemunha da ação de Deus em cada momento.
Hoje, após mais de 30 anos de vida cristã, ainda estou conhecendo a Deus e a mim mesma ao me relacionar com Ele em oração.
Quanto mais me aproximo de Deus, mais me conheço.
Quanto mais me aproximo de Deus, mais me envergonho de mim mesma: dos meus preconceitos, das minhas idolatrias, das minhas hipocrisias, do meu legalismo, do meu comodismo, das minhas murmurações, da minha falta de perdão e misericórdia.
Tenho dito como o profeta Isaías: "Ai de mim!"
Continuo me encontrando com Deus em secreto, no meu quarto, no silêncio da madrugada,pois quero dizer como o profeta:"os meus
olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos."
Hoje não me sinto filha única nem tampouco uma pessoa boa, mas me sinto amada por Deus, pois compreendo que o amor de Deus não se baseia em mim, mas apesar de mim, pecadora!
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