quinta-feira, 30 de abril de 2020

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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Escrever um livro, plantar uma árvore, ter um filho

Cresci ouvindo dizer que um homem só estará completo quando: escrever um livro, plantar uma árvore e tiver um filho.Hoje, no século XXI, digo que um homem estará completo enquando continuar  desejando a leitura, a natureza e a família.

terça-feira, 14 de abril de 2020

DECLARE GUERRA CONTRA O CÂNCER!



Receber o diagnóstico de câncer é receber uma declaração de guerra.
A grande dificuldade diante do diagnóstico é que o inimigo, normalmente é desconhecido e por isso nos encontramos despreparadas, desarmadas, incrédulas.
A grande questão é nunca acreditamos que seríamos alvo dessa guerra, apesar de sermos conhecedoras de tantos que foram abatidos precocemente ou tardiamente.
Receber o diagnóstico de câncer é ser bombardeada de emoções e interrogações. A maior das dúvidas é: vou morrer?
E a resposta a todos é sim! Se não for nessa guerra será no futuro, pois ninguém escapa à morte!
Diante da guerra declarada, como reagir?

1°- Dar nome ao inimigo
A palavra câncer é evitada por muitos, como se o fato de pronunciar a palavra fosse capaz de invocar o mal sobre si. 
Na verdade trata-se de uma doença não contagiosa e milenar, que  tem cura ou tratamento e possui muitos outros nomes: neoplasia, cancro, carcinoma, sarcoma, tumor maligno, etc. Devemos identificar o inimigo pelo nome, sem medo !

2º- Conhecer o inimigo
É importante se informar em fontes seguras e confiáveis para conhecer o câncer, o seu câncer! Não podemos cometer o erro de subestimá-lo, nem superestimá-lo!  O exame imunohistoquímico é uma ferramenta capaz de apontar as características peculiares do tumor e sua classificação, para apontar o tratamento mais adequado.

3º- Conhecer o comandante
O combatente nem sempre conhece todas as estratégias de guerra do comandante, mas sempre está obediente e em sujeição a ele. Ter confiança nos médicos para que esses definam os  medicamentos e o protocolo é importante no sucesso do tratamento, assim como obedecer suas orientações. 

4°- Não lutar sozinha
Saber que não se está sozinha, é confortante! O relacionamento com Deus é uma arma imprescindível para enfrentar as situações dolorosas que se apresentarem. A prática da oração é fortalecimento espiritual, capaz de equilibrar nossas emoções, e nos dar sabedoria e discernimento para as decisões.

5°- Se posicionar na guerra.
A determinação de não sucumbir à ameaça do câncer, é de fundamental importância para o enfrentamento e isso é uma atitude consciente que depende de uma decisão pessoal.
Nada vai adiantar ficar entrincheirada debaixo das cobertas,ou focada em autocomiseração, pois o inimigo avançará impiedoso.

6°- Prepara-se para a guerra.
Devemos organizar a agenda tendo como prioridade a recuperação da nossa saúde.
Buscar orientações com um nutricionista para fortalecer o organismo afim de enfrentar cirurgias ou tratamentos.
Fazer uma sobrancelha definitiva prevendo a queda das mesmas;
providenciar peruca, lenços ou turbantes antes da queda dos cabelos; buscar conhecimento sobre os efeitos colaterais do tratamento e como amenizá-los; obter informações sobre todo o processo e suas possibilidades.
Participar de um grupo de apoio  para troca de experiências e fortalecimento emocional.
A atitude pró-ativa é um diferencial na guerra contra o câncer. Sejamos ativas, antecipemo-nos aos acontecimentos, aprendamos a  usar as armas!

7º- Armar-se para as batalhas.
Iniciar ou manter uma atividade física regular e dar prioridade a uma alimentação de qualidade são fundamentais no enfrentamento da doença e na amenização dos efeitos colaterais do tratamento.
Não  podemos continuar no sedentarismo, na obesidade, na alimentação rica em carboidrato e açúcares, sabendo que isso é combustível para o inimigo.

8°- Repartir as batalhas ganhas ou perdidas.
Cultivar o afeto e relacionamento com as pessoas que são importantes, tais como cônjuge, filhos, pais, avós, amigos..é um bom remédio para  alma. O isolamento como forma de poupar o outro de sofrimentos não é a melhor escolha, visto que o fato de lidar com alguém em tratamento é também crescimento pessoal, amadurecimento emocional, é preparo para a vida!

9º- Cultivar a gratidão
Enxergar cada detalhe do tratamento com gratidão a Deus , é um exercício de fé que ameniza nosso sofrimento. As cicatrizes ficarão com certeza, mas serão uma prova das transformações externas e internas que a guerra nos causou.

10°- Encarar a morte
A morte é uma certeza da qual todos tentam se esquivar, sem sucesso. O diagnóstico do câncer é a oportunidade de consideramos a morte como uma possibilidade próxima, isso não é ruim; é avaliação de vida e do relacionamento como Dono da vida!


sexta-feira, 3 de abril de 2020

AMIZADE AFIADORA


"Como o ferro afia o ferro, 
assim um amigo afia o outro"   PV 27.17

Lembro-me perfeitamente de minha mãe perguntar:
- Com quem você está andando? Essa risada não é sua!
Lembro- me também de como minha voz melhorou a afinação, quando eu participava do coral da igreja, pelo fato de eu estar sempre ao lado de uma soprano afinadíssima.
Fato é que a proximidade com as pessoas produz algum resultado em nós. O convívio traz semelhanças e aprendizados conscientes e inconscientes.
A oração de Jesus no sermão do monte (João 17) pede ao Pai que não nos tire do mundo, mas que sejamos santificados.
A santificação vem pelo andar com Deus e essa é uma escolha diária que devemos fazer ao caminhar pelo mundo.
Muitos abrem mão de andar com Deus para suprir de imediato suas
carências de afeto, reconhecimento, subsistência, etc; tomando para si jugos desiguais.
Essa escolha pelo imediato e pelo efêmero, impede a intimidade, o conhecimento e o relacionamento mais profundo com o Mestre.
Impede a realização da boa, perfeita e agradável vontade de Deus, trazendo consequências dolorosas e permissivas.
A santidade é um caminho de proximidade e intimidade com  Cristo, onde o Espírito Santo é o guia à presença de  Deus.
Nada deve ocupar essa prioridade, pois seu resultado é eterno e incomparável à nossa breve e momentânea satisfação humana.
A prioridade deve ser andar pelo mundo, mas andar com Deus!

quinta-feira, 2 de abril de 2020

O ISOLAMENTO SOCIAL DA IGREJA DE CRISTO


"Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." Mateus 25.35-40

Em tempos de pandemia pelo COVID-19 saltam dos livros de história para nossa realidade, o risco de contágio e morte, não só na vizinhança, mas no nosso lar.
A rotina do mundo se transforma de um dia para outro e dentro a tantas medidas de contenção da disseminação rápida e letal, está o isolamento social.
Tempo de reaprender a ficar em casa sozinho ou com familiares, tempo de esquecer o relógio,  tempo de abrir velhos baús de recordações, livros e músicas. Tempo de sobra para as mídias sociais, para entretenimento virtual, para conversas fiadas...
E exposto nosso novo cenário, medito no papel da igreja cristã, aquela noiva que deve estar com as lâmpadas cheias de azeite esperando o noivo para as bodas.
Será que ela reconhece nessa pandemia os passos do noivo se aproximando?
Será que suas lâmpadas estão acesas?
Temo que as respostas sejam negativas, a igreja está acomodada no isolamento social. 
A igreja está entretida consigo mesma entre quatro paredes.
O mundo morre de fome enquanto a igreja  saciada do Pão da Vida continua se satisfazendo  com deliverys, pipocas, sorvetes e delícias.
O mundo grita sedento por água e a igreja saciada com a Água Viva dorme o sono dos justos no conforto de seu lar.
O mundo clama por alívio para o sofrimento e a igreja surda pelos fones de ouvido, não escuta.
O mundo pede uma mão e a igreja não estende a mãos, pois estão ocupadas pelas manetes e controles remoto.
O mundo pede uma direção e a igreja se desvia  por medo de contágio ou de comprometimento.
Urge o despertar da igreja!
Urge o envolvimento no mundo!
Não apenas dar o que comer ao faminto, mas nutrir a alma.
Não apenas dar de beber ao sedento, mas saciar a alma.
Não apenas hospedar o estrangeiro, mas ensinar-lhe que Deus pode fazer em nós morada.
Não apenas vestir o nu, mas dar-lhe vestes alvas lavadas pelo sangue de Cristo.
Não apenas visitar o doente, mas curar-lhe a alma pela Palavra.
Não apenas visitar o preso, mas mostrar-lhe a libertação pela Verdade.
A noiva precisa apresentar o noivo ao mundo!
Há muito para fazer, sem máscara, sem preguiça, sem medo, sem medo da morte.
Nosso relacionamento vertical  é o que enche nossas lâmpadas de azeite para fazer a diferença no relacionamento horizontal!
Não devemos nos acovardar diante de tamanha responsabilidade, somos apenas instrumentos do Espírito Santo.
A igreja de Cristo, precisa trocar o isolamento social pelo comprometimento social!