Era tempo de distribuir sabedoria em palavras, compartilhar os conhecimentos adquiridos na caminhada da vida, receber os familiares para conselhos...mas as vítimas do mal de Alzheimer caminham em direção ao passado, regressam à infância, invocam os amados que se foram, retornam à ambientes inexistentes, inspiram cuidados e demandam atenção como uma criança.
" Uma senhora bem idosa anda de mãos dadas com sua contemporânea e se diz netinha dela; uma mãe de filhos não se lembra do nome nem do rosto deles; outra se queixa de dor no peito e conclui: é saudade da vida...."
Quadros como esses revelam a dura realidade de inversão de papéis, idosos precisando de colo e invocando aos familiares o amor incondicional baseado nas lembranças de quem foram e o que realizaram quando saudáveis.
Hoje, saudosos e amados.
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