quarta-feira, 19 de setembro de 2012

AMANHECER SEM VIDA



 
"Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: 
Foi concebido um homem! " Jó 3:3


Amanhece o dia.
parece um dia comum, como tantos outros.
O sol brilha num céu de imensidão azul. 
A cidade grande desperta para o trabalho.
O barulho do labor exala.
Os automóveis tomam conta da rua.
O tempo passa contado a conta gotas pelo tic-tac.
O relógio conduz os passos, os compromissos, os batimentos cardíacos.
Em meio a rotina cotidiana, há um silêncio estranho.
Onde está você?
Não ouço sua voz..
A  minha procura acaba diante de seu silêncioso corpo inerte.
Você partiu e deixando muitas interrogações:
Como pôde , com tanta vida pela frente, escolher a morte?
Por que você decidiu ir tão cedo?
Por que nossa companhia não foi suficiente?
Por que  nossas palavras não chegaram ao seu coração?
Por quê da desesperança, da desistência, do adeus calado?
Você diz sem palavras que fomos incapazes de amar como se deveria amar.
Essa é a maior dor de quem não compreende essa despedida.
É a dor de quem tinha tanta coisa para dizer,
tanto abraço a dar, tanta vida para viver com você. 
Você não esperou ser chamado, decidiu ir.
Quis cessar sua dor  e nos deixou com a  mais profunda delas, a dor da saudade..

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